PRODUÇÃO

QUALIDADE


SUINOCULTURA SEM SEGREDOS

O que a evolução genética trouxe de benefìcios para a carne suìna?

As características da carne suína quanto ao sabor e níveis de proteína, ferro vitaminas e outros nutrientes importantes e benéficos para a saúde humana são indiscutíveis e hoje reconhecidas por médicos e nutricionistas. Mas ao analisarmos a evolução da suinocultura nas últimas décadas, o que mais chama a atenção é a redução dos teores de gordura na carne suína. O suíno atual tem ao redor de 35% menos gordura do que o suíno tipo banha, conhecido tradicionalmente como porco. Outra questão interessante é que, pelas características do suíno, 70% de toda a gordura da carcaça é subcutânea e somente 2% é intramuscular, ou seja, é muito fácil separar a gordura nos cortes antes do preparo. Todo este benefício na redução significativa dos teores de gordura na carne resultou também na redução nos níveis calóricos e de colesterol. Afinal, esta evolução do porco e da carne suína é visível?

 

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Carne suína é a mais consumida no mundo e o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial deste alimento. Porém, o consumo interno ainda é relativamente baixo, quando comparado com outras carnes e com países do primeiro mundo (Europa, Estados Unidos e Canadá). Parte deste baixo consumo no Brasil deve-se à desinformação e ao preconceito que ainda existem entre muitas pessoas.

O fato é que o suíno produzido hoje é muito diferente daquele animal criado nas décadas de 1960 e 1970, fruto do melhoramento genético e da profissionalização de toda cadeia produtiva. Até a década de 1960 a grande maioria dos suínos produzidos tinha como finalidade a produção de banha e pouca tecnologia era adotada na criação destes animais. Com o advento e a popularização dos óleos vegetais, a banha deixou de ser um produto rentável ao produtor e o suíno passou a ter importância como fonte de proteína (carne) para a alimentação humana. Isso fez com que os produtores por iniciativa própria, através da ABCS e de empresas privadas iniciassem uma verdadeira revolução na composição racial dos rebanhos suinícolas brasileiros, com a importação de raças apuradas e selecionadas para produção de carne magra, da Europa e Estados Unidos. Esta revolução no melhoramento dos rebanhos se baseou em quatro pilares principais:

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Estes quatro pilares continuam em constante evolução. Atualmente, todos os reprodutores importados passam por rigorosa fiscalização veterinária do Ministério da Agricultura, o que garante a manutenção de nosso rebanho livre de determinadas doenças de importância econômica. A seleção de reprodutores (machos e fêmeas), que usa as mais avançadas ferramentas de biotecnologia, leva em conta além das características da carne, cada vez mais magra, também o rendimento de cortes nobres, como pernil e lombo e a eficiência alimentar, como forma de baixar o custo de produção e manter o preço da carne suína atrativo ao consumidor. Na reprodução, técnicas avançadas de inseminação estão sendo implantadas e outras em estudo, buscando acelerar o ganho genético da seleção. Por outro lado, tudo o que se pratica nos países mais desenvolvidos em termos de tecnologia na alimentação (rações balanceadas a base de milho e soja), instalações, controle sanitário de todo ciclo de produção e no manejo dos animais nós adotamos em larga escala no Brasil, o que nos coloca como uma suinocultura de ponta, reconhecida internacionalmente.








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